No Brasil, as primeiras pranchas, então chamadas de "tábuas havaianas", chegaram pelas mãos de turistas e funcionários de companhias aéreas. Sabe-se que, no Brasil, o esporte foi desenvolvido e começado em Santos, com nomes como Thomas Rittscher Júnior, Margot Rittscher, Osmar Gonçalves e João Roberto Suplicy Hafers. Gonçalves era filho de um exportador de café bem-sucedido, que lhe trouxe dos E.U.A. uma revista chamada Popular Mechanic. Um dos artigos ensinava como fazer uma prancha. Foi o que Osmar fez com a ajuda dos amigos João Roberto Suplicy Haffers e Júlio Putz entre Dezembro de 1938 e Janeiro de 1939. A prancha tinha 3,60 metros e pesava oitenta kg.
Em 1952, um grupo de cariocas, liderado por Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman e Irencyr Beltrão, começou a descer as ondas em Copacabana, com pranchas de madeirite. O esporte começava a popularizar-se. As primeiras pranchas de fibra de vidro, importadas da Califórnia, só chegaram ao Brasil em 1964.
Em 15 de Julho de 1965, foi fundada a primeira entidade de surfe do país - a Associação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro. Esta organizou o primeiro campeonato em Outubro daquele ano. No entanto, o surfe só seria reconhecido como esporte pelo Conselho Nacional de Desportos em 1988. Em 1989, o shaper carioca Henry Lelot e amigos, fundaram a Feserj - Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro - na época, a segunda Federação de Surfe do país. Atualmente, a entidades responsáveis pela organização no esporte no país são a Confederação Brasileira de Surfe (CBS) - filiada ao COB e há anos presidida pelo paranaense Juca de Barros, e a Associação Brasileira dos Surfistas Profissionais (ABRASP), sendo que o campeonato nacional denominado circuito SuperSurfe.
Muitos recursos são utilizados para saber como estão as ondas, especialmente a internet , onde o surfista pode conferir ao vivo, através de sites especializados, as ondas de todo o litoral brasileiro e mesmo do exterior, através das câmeras nas praias.
Pode-se também conferir os mapas e gráficos de previsão de ondas, para se programar uma viagem para a prática do surfe, garantindo assim que a viagem seja proveitosa. Este recurso só foi possível com o advento da internet, no final do século 20, antes disso, os surfistas faziam as suas viagens para surfar frequentemente sem saber como estavam as condições do mar, muitas vezes se deparando com condições adversas à prática do surfe. Outras vezes os surfistas permaneciam por longos períodos nas praias de surfe, para poder assim esperar pelas condições favoráveis à prática do surfe, desta forma porém, muitas vezes não podiam realizar outras atividades, como trabalhar ou estudar, assim o surfista tinha a sua imagem muitas vezes associada a de um desocupado, ou vagabundo.
Com o advento da previsão das ondas, abriu-se um novo horizonte para a prática do esporte, fazendo com que o surfista pudesse programar a sua vida, tornando assim a sua viagem muito mais proveitosa, podendo realizar outras atividades úteis durante o período de espera das ondas, com o tempo a associação da prática do surfe com a vagabundagem foi desaparecendo.